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1.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S528, 2021.
Article in Portuguese | EMBASE | ID: covidwho-1859737

ABSTRACT

Objetivo: Comparar a prevalência de sorologia positiva para IgG anti-SARS-CoV-2 encontrada em doadores de sangue dos hemocentros de Minas Gerais e os dados de casos de COVID-19 confirmados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), bem como avaliar o perfil dos doadores positivos. Métodos: Amostras de soro (n = 7.837) de doadores de sangue dos hemocentros de Belo Horizonte (HBH), Governador Valadares (GOV), Juiz de Fora (JFO), Montes Claros (MOC), Pouso Alegre (PAL), Uberaba (URA) e Uberlândia (UDI) no período de março a dezembro de 2020 foram testadas por quimioluminescência para IgG anti-SARS-CoV-2. A soroprevalência foi comparada à prevalência de casos acumulados de COVID-19 relatados em boletins epidemiológicos da SES-MG. Resultados: Dos doadores testados, 441 (5,6%) foram positivos para IgG anti-SARS-CoV-2. Doadores do sexo masculino foram significativamente mais frequentes no grupo positivo (54,2% nos negativos vs. 61,9% nos positivos;p = 0,0019) e doadores com grupo sanguíneo O foram significativamente menos frequentes neste grupo (53,2% nos negativos vs. 46,7% nos positivos;p = 0,0096). Não houve diferença quanto à idade dos doadores nos dois grupos, nem quanto ao tipo de doação (espontânea, reposição, convocado ou doador de primeira vez). Os dados de sorologia para IgG anti-SARS-CoV-2 mostraram um aumento consistente da prevalência de amostras positivas ao longo do período avaliado em todos os hemocentros, atingindo-se níveis mais elevados especialmente a partir do mês de novembro. A soroprevalência acumulada de IgG anti-SARS-CoV-2 em doadores de sangue no período avaliado foi significativamente diferente nos hemocentros incluídos (HBH: 5,71%;GOV: 7,21%;JFO: 4,32%;MOC: 5,92%;PAL: 2,56%;UDI: 7,60%;URA: 4,28%). Comparando-se os dados encontrados àqueles reportados nos boletins epidemiológicos da SES-MG, verificou-se que a soroprevalência detectada foi maior que a prevalência de casos acumulados em 32,1% dos meses no primeiro semestre de 2020. Por outro lado, a soroprevalência foi maior que a prevalência de casos acumulados em 76,2% dos meses no segundo semestre de 2020. Discussão: A análise da evolução da infecção por SARS-CoV-2 é muito importante para a adoção de medidas de contenção da COVID-19 e a estruturação adequada dos serviços de saúde. Entretanto, em um cenário em que a testagem em massa é impedida pela escassez de testes e pelo pouco acesso aos serviços de saúde, novas estratégias de testagem da população devem ser estudadas. Os resultados deste estudo reforçam que os dados de prevalência de COVID-19 na população de Minas Gerais estão subestimados, pois quase a totalidade dos testes foram disponibilizados para casos sintomáticos. A sorovigilância baseada em doadores de sangue é cada vez mais reconhecida como uma estratégia poderosa e de baixo custo para monitorar doenças infecciosas, incluindo a evolução de epidemias de doenças infecciosas emergentes. Este resultado parece ser especialmente mais consistente quando ocorre maior disseminação da infecção na população, pois os dados discrepantes de soroprevalência e prevalência de casos se acentuaram após o início da primeira onda de COVID-19 no Brasil (junho/2020). Conclusão: Os resultados deste estudo mostram que o teste de sorologia por quimioluminescência para IgG anti-SARS-CoV-2 em doadores de sangue é uma importante ferramenta para monitorar a infecção na população. Suporte financeiro: Fundação HEMOMINAS, CNPq.

2.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S527, 2021.
Article in Portuguese | EMBASE | ID: covidwho-1859736

ABSTRACT

Objetivo: Comparar o perfil imunológico de indivíduos positivos e negativos para IgG anti-SARS-CoV-2. Métodos: Amostras de soro (n = 7.837) de doadores de sangue da Fundação Hemominas, coletadas no período de março a dezembro de 2020, foram testadas por quimioluminescência para IgG anti-SARS-CoV-2. As amostras positivas foram separadas em quatro grupos considerando-se os intervalos interquartis do index de anticorpos detectados no teste sorológico. Amostras positivas e negativas foram utilizadas na dosagem de citocinas (IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, TNF, IFN-gama e IL-17A) e quimiocinas (CXCL8, CCL5, CXCL9, CCL2 e CXCL10). Resultados: Dos doadores testados, 441 (5,6%) foram positivos para IgG anti-SARS-CoV-2 com mediana de index de 3,65 (IQR 2,43-5,40). As concentrações séricas (ng/mL) de IL-10 (mediana, 0,51;IQR, 0,18-0,86;p < 0,0001), TNF (mediana, 0,65;IQR, 0,00-0,77;p = 0,0279) e IFN-gama (mediana, 0,36;IQR, 0,00-0,88;p < 0,0001) foram significativamente maiores em doadores de sangue positivos para IgG anti-SARS-CoV-2. As concentrações séricas (ng/mL) de CXCL8 (mediana, 13,60;IQR, 5,98-28,04;p = 0,0013), CCL5 (mediana, 4.017,00;IQR, 2.674,00-4.736,00;p < 0,0001), CXCL9 (mediana, 33,08;IQR, 17,88-54,14;p < 0,0001), CCL2 (mediana, 40,39;IQR, 23,38-61,52;p = 0,0068) e CXCL10 (mediana, 111,70;IQR, 56,98-178,00;p < 0,0001) foram significativamente maiores em doadores de sangue positivos para IgG anti-SARS-CoV-2. Análises de correlação revelaram que todas as citocinas (exceto IL-4, IL-6 e IL-17A) têm correlação negativa significativa com o index de IgG anti-SARS-CoV-2, mas com coeficiente de Spearman (r) menores que 0,5. Todas as quimiocinas testadas tiveram correlação negativa significativa, com destaque para CCL5 (r = -0,79), CXCL9 (r = -0,57) e CXCL10 (r = -0,51). Discussão: A análise do perfil imunológico de indivíduos positivos e negativos evidenciou que a produção de IgG anti-SARS-CoV-2 depende de uma resposta imune inata caracterizada pela alta concentração sérica de quimiocinas e de uma resposta pró-inflamatória potencializada por TNF e IFN-gama e regulada por IL-10. Os resultados evidenciam ainda que a produção de mais anticorpos contra o vírus depende de uma síntese controlada de citocinas e quimiocinas, indicando que menores níveis destes biomarcadores estão relacionados à maior produção de IgG anti-SARS-CoV-2. Conclusão: Os resultados deste estudo evidenciaram que um perfil imune pró-inflamatório associado a biomarcadores de resposta imune inata é importante para o desenvolvimento de anticorpos IgG anti-SARS-CoV-2. Suporte financeiro: Fundação HEMOMINAS, CNPq.

3.
Hematology, Transfusion and Cell Therapy ; 43:S508, 2021.
Article in Portuguese | EMBASE | ID: covidwho-1859701

ABSTRACT

Objetivos: Comparar níveis de citocinas e quimiocinas entre indivíduos infectados com SARS-CoV-2 com COVID-19 grave ou com a forma assintomática da infecção, a fim de avaliar quais destes marcadores biológicos de resposta inflamatória são indicadores de gravidade da infecção viral. Métodos: Foram analisados dados clínicos de 48 pacientes com COVID-19 hospitalizados no Hospital Eduardo de Menezes (FHEMIG, MG) no período de 07 de julho a 21 de novembro de 2020, que necessitaram ou não de assistência em terapia intensiva (grupos UTI e sem UTI, respectivamente). Foi feita a quantificação dos níveis de citocinas (IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, TNF, IFN-, IL-17A) e quimiocinas (CCL2, CCL5, CXCL8, CXCL9 e CXCL10) do plasma de 14 pacientes UTI e 17 pacientes sem UTI que tinham COVID-19 grave no momento da coleta da amostra, além de 24 doadores de sangue da Fundação Hemominas com infecção ativa pelo SARS-CoV-2 (RT-PCR positiva) que eram assintomáticos no momento da coleta da amostra. Resultados: A análise clínica dos pacientes UTI (n = 19) em comparação àqueles que não usaram UTI (n = 29) não mostrou diferença estatística quanto à frequência de comorbidades e de sinais e sintomas para COVID-19 na admissão hospitalar. A comorbidade mais comum foi hipertensão (62,5%), seguida por diabetes (37,5%) e obesidade (22,9%). Tosse, dispneia, febre, fatiga e mialgia foram os sinais e sintomas mais prevalentes de COVID-19 em ambos os grupos. Entretanto, os pacientes UTI desenvolveram doença grave ou crítica que requereu um período de hospitalização em média duas vezes mais longo que o grupo sem UTI (p < 0,001). O conjunto dos pacientes com COVID-19 mostrou níveis significativamente mais altos de IL6, IL10 e CCL5 que os doadores assintomáticos. Na comparação dos grupos dos pacientes houve diferença significativa apenas para IFN, com níveis mais elevados nos pacientes UTI. Discussão: Apesar do grupo de pacientes UTI apresentarem quadro de COVID-19 mais grave que os pacientes sem UTI, a frequência de sinais e sintomas da doença e de comorbidades não foi significativamente diferente entre os grupos. A evolução da COVID-19 de assintomática para grave e crítica tem sido associada com intensa resposta inflamatória, o que está de acordo com maiores níveis de IL6, IL10 e CCL5 observados nos pacientes em comparação aos doadores assintomáticos. Nível de IFN pode ser especial indicador de gravidade da doença. Conclusão: Marcadores biológicos, como citocinas e quimiocinas, podem ser melhores preditores de evolução da COVID-19 que sinais clínicos e sintomas. Suporte financeiro: Fundação Hemominas e SES/MG.

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